Sergio Leone: Era uma vez o cinema
José Geraldo Couto
12.12.14
Está em cartaz em Belo Horizonte uma ampla retrospectiva da carreira de Sergio Leone. Na obra do italiano encontramos um cinema que une as várias pontas dessa arte ao mesmo tempo popular e sofisticada, em que andam juntas a alegria do circo e a solenidade da ópera.
O Brasil possível de Brincante
José Geraldo Couto
05.12.14
Brincante, de Walter Carvalho, é o melhor antídoto à estupidez do preconceito contra o Nordeste. Pois boa parte da riqueza e diversidade da cultura nordestina encontra-se ali, condensada e catalisada na figura de um artista ímpar, o músico, dançarino, coreógrafo, compositor, ator e malabarista pernambucano Antônio Nóbrega.
Os amigos, Ventos de agosto e a cartografia dos afetos
José Geraldo Couto
28.11.14
A expressão “cinema dos afetos” se banalizou nos últimos tempos, mas ela é muito apropriada para qualificar filmes como Os amigos, de Lina Chamie, e Ventos de agosto, de Gabriel Mascaro, embora os dois apresentem abordagens radicalmente distintas.
Saint Laurent e a subversão da biografia
José Geraldo Couto
20.11.14
A expressão "cinebiografia" deve ser deixada de lado diante de um filme como o extraordinário Saint Laurent, de Bertrand Bonello. O estilista francês Yves Saint Laurent aparece, antes de tudo, como catalisador de uma série de ideias que interessam ao cineasta: as relações entre arte e comércio, entre impulso erótico e trabalho criativo, entre a tradição cultural europeia e a energia pop, entre esplendor e decadência.
O noir e o lado obscuro da América
José Geraldo Couto
14.11.14
Para quem gosta de cinema, não existe nada mais fascinante que o filme noir, que não é propriamente um gênero, é quase uma visão de mundo, sombria em relação à sociedade e ao homem, que atravessa vários gêneros – policial, melodrama, suspense, filme de gângster.
A construção de Tim Maia no cinema
José Geraldo Couto
07.11.14
O cinema brasileiro tem uma dívida insolvível com a música popular. Nesse sentido, Tim Maia, de Mauro Lima, saiu melhor que a encomenda. É um dos poucos casos em que o cinema conseguiu captar e reverberar a potência da arte de seu personagem, recusando o psicologismo, o sociologismo e a pedagogia moral.
Mostra de São Paulo: notas apressadas sobre a beleza no cinema
José Geraldo Couto
27.10.14
Na Mostra deste ano, três filmes vindos do norte do planeta (O reino da beleza, Força maior e O cidadão do ano), ambientados em deslumbrantes paisagens nevadas, fazem pensar um pouco sobre a beleza no cinema. O que é “um filme bonito”, frase com que tantas vezes nos referimos ao que acabamos de assistir?
Comédia, sonho, derrota – cada um com seu cinema
José Geraldo Couto
23.10.14
Entre os filmes mais saborosos da Mostra está Relatos selvagens, um verdadeiro fenômeno a ser estudado e discutido: o longa argentino mostra que é possível conciliar o sucesso com o respeito ao espectador. Outra comédia digna de nota é Au fil d’Ariane e sua liberdade narrativa de um sonho. Também se destacam um documentário sobre Pasolini e um curta de Manoel de Oliveira.
O rosto humano em três filmes da mostra de SP
José Geraldo Couto
20.10.14
O tempo é curto, os filmes são muitos. Três filmes da Mostra Internacional de SP se destacam: Winter sleep, do turco Nuri Bilge Ceylan, Acima das nuvens, do francês Olivier Assayas, e Dois dias, uma noite, dos irmãos Dardenne. O primeiro talvez seja o mais recomendado, ainda mais por não ter distribuição prevista no país.
Mostra de São Paulo, entre o prazer e a angústia
José Geraldo Couto
17.10.14
Começou a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com sua miríade de filmes de todo o planeta. São 331 longas-metragens e quatro programas de curtas, em 35 salas da cidade. O desafio é encontrar o caminho de pedras. Por isso, indico alguns filmes que me impressionaram e outras apostas.
