Um maxixe nos Estados Unidos – A incrível história de “Dengoso” (parte I)
Alexandre Dias
25.06.12
Antes de "Garota de Ipanema" e "Tico-Tico no Fubá", o primeiro sucesso brasileiro no exterior foi o maxixe "Dengoso", de Ernesto Nazareth.
O varal de Ian Curtis
Antônio Xerxenesky
19.06.12
Como toda pessoa moderadamente obcecada pela vida de Ian Curtis, o líder da banda Joy Division que cometeu suicídio aos 23 anos após ter lançado dois discos que mudaram para sempre o rumo da música popular ocidental, tenho o hábito de rever o filme Control de tempos em tempos. Apesar de centrar a ação na figura de Ian Curtis, e não na cena efervescente de Manchester, acaba não oferecendo nenhuma solução para o "enigma Curtis".
Chico e os olhos do carrasco: de Paratodos a Parapoucos
Paulo da Costa e Silva
14.06.12
É essa fé na canção e no Brasil que parece ter sido perdida. Depois do Paratodos, Chico definitivamente e cada vez mais se tornou "Parapoucos". Junto com o aparente fim do ciclo histórico do mito-Brasil e com tudo o que isso implicava de investimento na noção de uma unidade nacional, o caminho de um refinamento cada vez maior no artesanato das canções simplesmente já quase não encontrava resposta junto ao público - já não lhe dizia tanto respeito, como se o canal de comunicação tivesse sido perdido.
Sem muito a dizer
Antônio Xerxenesky
01.06.12
Eluvium tocaria em São Paulo como parte do festival NOVA, junto com os espanhóis do Bosques de Mi Mente. Sentado em uma das mesinhas do restaurante a céu aberto, comendo um hambúrguer, vi uma pessoa que representa o típico estereótipo de gringo entrando ao lado de dois sujeitos que carregavam engradados de cerveja. Uma mulher parou o gringo e pediu um autógrafo. Então, quer dizer que aquele americano mirrado de camiseta sem estampa, com a pele vermelhíssima de ter tomado sol demais, era Matthew Cooper, vulgo Eluvium?
O laço de Nazareth
Alexandre Dias
30.05.12
O que define o estilo de um artista? Em alguns casos especiais, existem "marcas registradas", indissociáveis de seu estilo, como as oitavas cromáticas opostas de Franz Liszt, as bandeirinhas de Alfredo Volpi, ou os vidros coloridos esculpidos de Dale Chihuly. Ernesto Nazareth também possui várias marcas que fazem seu estilo único, sejam de caráter rítmico, harmônico, melódico, ou mesmo relacionadas à sua apurada técnica pianística.
Sónar à brasileira
Alexandre Matias e Heloisa Lupinacci
24.05.12
O festival Sónar pode ser celebrado como uma vitória da vanguarda: com poucos nomes conhecidos do grande público, preferiu investir num elenco mais eclético e fora do lugar comum, colocando o japonês Ryuichi Sakamoto, os alemães do Kraftwerk e rappers norte-americanos em palcos diferentes. Mas o elenco brasileiro do festival também merece menção.
Ernesto Nazareth: documentários nazarethianos e vídeos históricos
Alexandre Dias
23.05.12
No post de hoje vamos conhecer os documentários que já foram feitos sobre Ernesto Nazareth, como o de 2004, da Sesc TV (STV). Trata-se de um excelente documentário de 43 min sobre Ernesto Nazareth. Produzido por Jefferson Cardoso, com roteiro, pesquisa e direção artística de Dimas de Oliveira Júnior. Nele encontramos depoimentos do biógrafo e herdeiro Luiz Antonio de Almeida, dos intérpretes Eudóxia de Barros, Maria Teresa Madeira, Yuka Shimizu (pianista japonesa que se mudou para o Brasil para estudar a música de Nazareth), do compositor Osvaldo Lacerda, e também de Ricardo Cravo Albin, Reynaldo Tavares, Fernando Faro e Maricenne Costa.
Exercitando a liberdade de ser
Bia Abramo
21.05.12
"Toda minha performance artística era de resistência à ditadura militar", afirma Ney Matogrosso, o cantor e líder dos Secos & Molhados em depoimento ao IMS. Ainda segundo Ney, a transgressão tinha, para Madalena, um apelo que ia além do estético: "Acho que isso falava ao espírito dela, como uma imigrante fugida da guerra".
Ernesto Nazareth – Querido por todos (parte 3): no imaginário musical
Alexandre Dias
15.05.12
No primeiro e segundo posts desta breve trilogia vimos as músicas dedicadas a Nazareth no meio erudito e no meio popular. Hoje veremos outros tipos de homenagem, músicas que citam apenas brevemente seu nome ou sua música, mas que contribuem para sua perpetuação no imaginário musical.
Sobreviver ao Sónar
Antônio Xerxenesky
14.05.12
Cheguei ao Sónar no cair da noite, acompanhado de vários amigos, cada um com uma expectativa grande para um show diferente. Fui direto para o espaço onde seria realizado o show: um teatro pequeno, com cadeiras no fundo e um bom espaço para ficar cara a cara com os músicos. Confortavelmente sentado, vi a performance da dupla Alva Noto + Ryuichi Sakamoto, que sempre gostei de ouvir em casa, especialmente lendo algum livro, mas que, por ser um duo de ambient, imaginei que fariam um show tedioso. Estava enganado.
