Cinema

Galhos secos e inteligência vigorosa

Eduardo Escorel

09.04.14

Dia 10 de abril, às 19h30, o IMS-RJ exibirá o filme "Posfácio: imagens do inconsciente" seguido de debate com o cineasta Eduardo Escorel, responsável pela montagem do filme, Walter Melo e Luiz Mello, com mediação de José Carlos Avellar, coordenador de cinema do IMS. Assista a fragmentos do filme e leia um texto de Eduardo Escorel sobre o trabalho, baseado em entrevista de Nise da Silveira a Leon Hirszman, e complementar à trilogia de documentários "Imagens do inconsciente".

E agora, sem o Zé?

Luiz Fernando Vianna

07.04.14

A linha de montagem da TV apagou parte das nuances do talento de José Wilker, mas ele ainda encontrava formas de brilhar. Para os amigos, sua morte sem aviso prévio é a perda de alguém que, com jeito de criança, ofertava a todos sua inteligência. Para minha filha, é a perda do "tio Zé".

Algo extraordinário

José Carlos Avellar

20.03.14

José Carlos Avellar escreve sobre dois filmes inéditos de Eduardo Coutinho, incluídos no DVD de Cabra marcado para morrer: Sobreviventes de Galileia e A família de Elizabeth Teixeira. Ambos são baseados no retorno do diretor a locações originais do filme, onde reencontra moradores que participaram das filmagens.

Os olhos irreais de Rouch

José Carlos Avellar

12.03.14

"Nesses muitos aparentes desvios o filme jamais se afasta da questão anunciada no prólogo: as relações raciais entre brancos e negros. Na África, jovens europeus e africanos deveriam andar juntos?", escreve José Carlos Avellar sobre Cocorico! Monsieur Poulet!, de Jean Rouch. "A referência ao Apartheid na África do Sul do final da década de 1950 vai ao centro da questão: um problema dos sul-africanos? Ou de todos? Que diziam os ingleses? Que diziam os franceses? Que faziam os franceses então na Argélia? Que deveriam dizer e fazer eles, ali, na Costa do Marfim?"

Coisas que esqueci mas que não me saem da cabeça

José Carlos Avellar

10.03.14

José Carlos Avellar parte da primeira vez que assistiu à Ano passado em Marienbad, de Alain Resnais, para rememorar encontros com o diretor em festivais de cinema e pensar sobre seus filmes, nos quais é constante "a sensação de estarmos diante de uma história contada pela metade, para se completar na memória ou no imaginário do espectador".

O iogurte e a faca

José Carlos Avellar

27.02.14

"O iogurte e a investigação policial em primeiro plano encaminham a correta percepção da história que não se vê na tela, ocorrida num tempo anterior ao do filme", diz José Carlos Avellar sobre Era uma vez na Anatólia, de Nuri Bilge Ceylan. "Essa história invisível é o verdadeiro drama narrado" pelo diretor turco.

O que observamos quando observamos?

João Moreira Salles

26.02.14

"Rouch dizia que não filmava a realidade em si, mas aquela produzida pelo ato de filmar", escreve João Moreira Salles sobre a obra de Jean Rouch, um dos criadores do cinéma-vérité. "Trata-se da produção de realidades. O filme cria o que antes não existia. Nesse sentido, é o inverso do jornalismo".

Despedida

José Carlos Avellar

03.02.14

Em homenagem ao cineasta, José Carlos Avellar recupera a última cena do último filme de Eduardo Coutinho, Sobreviventes da Galileia.

Os olhos de Eisenstein

José Carlos Avellar

29.01.14

Ameaça comunista: o filme foi visto "como um dado a mais para o debate político entre esquerda e direita, que fechava o cerco em torno do governo João Goulart", escreve José Carlos Avellar sobre Ivan, o Terrível - parte 2, de Sergei Eisenstein, um dos filmes que marcaram o ano de 1964 no Brasil.

Em janeiro de 1964

José Carlos Avellar

15.01.14

José Carlos Avellar escreve sobre o mundo do cinema no Brasil no início de 1964, com destaque para Cleópatra e Harakiri, dois filmes que estrearam no país nesse ano. Ambos serão exibidos no IMS-RJ no próximo final de semana, abrindo a série dedicada a filmes importantes do ano do golpe militar, parte da programação do Instituto sobre os 50 anos de 1964.