José Geraldo Couto

Bressane e a educação dos sentidos

José Geraldo Couto

13.12.13

"Um filme inesgotável, que nos desafia a todo momento", diz José Geraldo Couto sobre Educação sentimental, novo filme de Júlio Bressane. "Há duas atitudes possíveis diante dessa interpelação: virar as costas, tachando o filme de obscuro ou hermético, ou abrir-se a sua generosidade, buscar aprender com ele e fora dele".

Quem tem medo de mulher pelada?

José Geraldo Couto

10.12.13

"Há algo errado num mundo que considera natural ver na tela corpos perfurados, mutilados, torturados, mas julga "desnecessária" uma cena de amor homoerótico", afirma José Geraldo Couto em seu comentário sobre Azul é a cor mais quente, de Abdellatif Kechiche, vencedor de Cannes 2013 que estreou no Brasil nesta semana.

Hitchcock e o vértice do cinema

José Geraldo Couto

06.12.13

Para José Geraldo Couto, o melhor filme entrando em cartaz hoje vem da Hollywood de 50 anos atrás: a cópia nova de Um corpo que cai, de Alfred Hitchcock, um "filme inesgotável" repleto de "passagens extraordinárias". Saindo de cartaz, um filme uruguaio imperdível: o "irônico e amargo" Artigas - La Redota, de Cesar Charlone.

O futebol de resultados de Campanella

José Geraldo Couto

29.11.13

José Geraldo Couto comenta a batelada de estreias desta sexta-feira, com destaque para a animação argentina Um time show de bola, fenômeno de público em seu país, e duas comédias de Domingos Oliveira: Primeiro dia de um ano qualquer e Paixão e acaso.

De Woody Allen a Francisgleydisson

José Geraldo Couto

21.11.13

José Geraldo Couto comenta duas estreias recentes: Blue Jasmine, o novo filme de Woody Allen, em que Cate Blanchett se destaca em um "magnífico trabalho conjunto de roteiro, direção e atuação", e a comédia cearense Cine Holliúdy, de Halder Gomes, um filme "assumidamente primitivo e visceralmente popular, na contramão do cinemão padrão Globo que impera no nosso circuito exibidor viciado e elitizado".

Tatuagem, revolução dionisíaca

José Geraldo Couto

14.11.13

É a oposição entre o cabaré e o quartel, entre a anarquia e a ordem, o desejo e a autoridade, que define a retórica e a estética de Tatuagem, de Hilton Lacerda. Se A febre do rato, de Claudio Assis, também passado em Recife, é um manifesto furioso, em que o desafio à autoridade assume a forma da provocação agressiva, em Tatuagem a arma preferencial é o deboche, e o sentimento predominante é o amor, sob suas variadas formas: erótico, fraterno, familiar.

O exercício do caos, cinema essencial

José Geraldo Couto

08.11.13

Para José Geraldo Couto, o "suspense existencialista" O exercício do caos, de Frederico Machado, é um filme de autor por excelência, que consegue se alçar à esfera do mistério e do mito."Há algo de Tarkóvski na gravidade metafísica de certos gestos e enquadramentos", afirma, ressaltando que essa impressão é deixada sem nenhuma afetação ou pose.

De 2001 a Gravidade, o universo encolheu

José Geraldo Couto

01.11.13

Ainda em meio à maratona da 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, José Geraldo Couto revisita o clássico 2001, de Stanley Kubrick, à luz de Gravidade, de Alfonso Cuarón. "Os personagens de Gravidade estão soltos na ionosfera. Os de 2001 estão sozinhos no infinito, perdidos na eternidade", compara.

Tempos de corações empedrados

José Geraldo Couto

25.10.13

José Geraldo Couto comenta quatro filmes da Mostra de São Paulo. Dois são brasileiros: Educação sentimental, de Julio Bressane, e o documentário A farra do circo, de Roberto Berliner e Pedro Bronz, sobre o Circo Voador. Os outros são o israelense Ana Arabia, que conta a história de uma família árabe-israelense, e Lições de harmonia, do Cazaquistão, que mostra um jovem diretor em controle absoluto de ritmo, luz e enquadramento.

O belo e o feio na mostra de SP

José Geraldo Couto

22.10.13

A Fuller life, documentário sobre o genial Samuel Fuller (foto) feito por sua filha, e O grande mestre, em que Wong Kar Wai troca o amor pelo kung fu como tema, são destaques da mostra de cinema de São Paulo. Entre os bons brasileiros estão os filmes de Ivan Cardoso, duas obras recentes de Helena Ignez e De menor, da estreante Caru Alves de Souza, que aborda a redução da maioridade penal.