Ela e o mal-estar do simulacro
José Geraldo Couto
25.02.14
"Ninguém poderá acusá-lo de estar alheio a questões centrais do cotidiano e do imaginário de nossa época", afirma José Geraldo Couto sobre Ela, de Spike Jonze, cujo protagonista apaixonado trafega "na corda bamba entre a sanidade e a bizarrice".
Nebraska, onde a América não acaba
José Geraldo Couto
21.02.14
Para José Geraldo Couto, o ao mesmo tempo cômico e comovente Nebraska, de Alexander Payne, não é "uma caricatura chapada: cada personagem, dos protagonistas ao mais efêmero coadjuvante, tem relevo, sombras e desvãos insuspeitados".
Trapaça e os malandros com gravata e capital
José Geraldo Couto
14.02.14
Para José Geraldo Couto, a chuva de indicações ao Oscar para Trapaça talvez diga muito sobre a pobreza da produção e dos critérios da Hollywood atual. Ao público mais exigente, recomenda com entusiasmo ver ou rever o clássico de Yasujiro Ozu, Era uma vez em Tóquio.
Philomena ou o ator como autor
José Geraldo Couto
10.02.14
Para José Geraldo Couto, Philomena é um típico filme de Stephen Frears, um diretor interessado acima de tudo em personagens e seus arcos narrativos. Seus filmes raramente apresentam grandes ousadias de linguagem, mas por outro lado demonstram quase sempre "um artesanato seguro, uma clareza narrativa a toda prova, um controle absoluto do tom e um cuidado especial com a direção de atores".
As muitas vidas de Eduardo Coutinho
José Geraldo Couto
03.02.14
"Flagrar o momento inefável do encontro, filmar o laço invisível entre os seres, a contradição entre palavra e gesto, entre música e silêncio, apreender o tempo que escorre, captar o rastro fugidio da vida - foi isso o que [Eduardo] Coutinho tentou. E tantas vezes conseguiu". José Geraldo Couto celebra a obra do cineasta morto ontem, aos 80 anos.
Quando eu era vivo e o sono da razão
José Geraldo Couto
31.01.14
"Novo, forte, indefinível e belo": José Geraldo Couto apresenta Quando eu era vivo, de Marco Dutra, inspirado no romance A arte de produzir efeito sem causa, de Lourenço Mutarelli. O filme, uma rara combinação entre "cinema de autor" e filme de gênero, trilha "um terreno no limiar entre o psicológico (ou psicótico) e o sobrenatural, entre o "aqui-agora" e o além".
Scorsese e o dinheiro como droga pesada
José Geraldo Couto
24.01.14
Brutalidade e humor: José Geraldo Couto escreve sobre o lançamento O lobo de Wall Street, de Martin Scorsese. "Caracteriza seu melhor cinema, marcado por histórias de ascensão meteórica, queda vertiginosa e redenção possível de personagens que, por um motivo ou por outro, "saíram da casinha" e embarcaram numa espiral de autodestruição".
O sexo trágico e lúdico de von Trier
José Geraldo Couto
14.01.14
"Estamos aqui", diz José Geraldo Couto sobre a primeira parte de Ninfomaníaca, "no cerne do pensamento estético e filosófico de Lars von Trier, que contempla a humanidade com uma dupla lente, a do trágico (a solidão irredutível do indivíduo, a vacuidade dos bons sentimentos, a dor inescapável) e a do lúdico (os jogos, o humor, a representação, o deleite estético, a paródia)".
Em defesa dos ‘filmes invisíveis’
José Geraldo Couto
27.12.13
Em sua última coluna do ano, José Geraldo Couto expressa seu dissabor com salas de cinema quase vazias mesmo com a exibição de algumas obras-primas, como César deve morrer, O que se move e Killer Joe:
A China de Jia Zhang-Ke, tão longe, tão perto
José Geraldo Couto
20.12.13
"Jia Zhang-Ke é, de certo modo, o oposto de Tarantino", diz José Geraldo Couto sobre o diretor chinês, cujo Um toque de pecado acaba de estrear. "Se, neste último, a violência é quase sempre cartunesca, derrisória, desopilante, no cinema do diretor chinês ela aprofunda o mal-estar, acentua a sensação de ausência de saídas".
